domingo, 26 de janeiro de 2014

Metodologias de observação de documentos (Imagens fixas)


Método formalista
Estuda a formação da obra de arte na consciência do artista.
As formas exprimem um conteúdo próprio.
Pressupõe a existência de modelos formais próprios.

Parte da pura visibilidade, onde as formas têm um conteúdo significativo próprio, que não se detém na descrição ou ilustração, mas na representação universalizada ou idealizada. Apela para aquilo que vemos através da observação, através dos olhos, ou seja, os esquemas formais, os contrastes, as cores, a distribuição das linhas. Estuda a formação da obra de arte na consciência do Artista. Pressupõe a existência de modelos formais próprios que exprimem uma conceção de mundo e de espaço. Formas exprimem um conteúdo próprio – a “pura visualidade”. Despreocupação com o tema, o sentimento, as emoções, harmonia das formas e preocupação com as proporcionalidades

Método sociológico
Estuda a génese e existência da imagem na realidade social.
A imagem veicula uma história  social vista no espelho da arte.

O artista estabelece uma comunicação entre a imagem e o grupo social, a obra de arte é produzida no interior de uma sociedade e de uma situação histórica específica. Estuda a génese e a existência da imagem na realidade social. Já é necessário ter conhecimentos sobre a imagem e neste caso interessa o contexto sociológico. É necessário descodificar toda a informação que a imagem nos transmite. A imagem veicula (muitas vezes) uma história social vista no espelho da arte. A obra de arte é determinada por interesses que a circundam. Nenhuma arte tem um valor universal, variando de época para época e de lugar para lugar e é sempre um facto social por ser linguagem

Método iconológico
Parte da premissa de que a atividade criativa tem impulsos ao nível do inconsciente individual e coletivo em que a iconologia é o percurso a imagem na imaginação.

Para PANOFSKY iconologia deriva do sufixo “grafia” e denota algo descritivo, o sufixo “logia” deriva de logos, quer dizer “pensamento” e denota algo interpretativo. Assim, iconologia é, portanto, um método de interpretação, advindo da síntese mais do que da análise. Não se trata de falar somente do que se vê, mas de compreender os significados implícitos, que exigem um longo caminho de construção do pensamento. Parte da premissa de que a atividade criativa (artística ou não) tem impulsos ao nível do inconsciente individual e coletivo, sendo a iconologia o percurso da imagem na imaginação. Neste caso já é necessário saber tudo sobre o que a imagem nos transmite. A história da arte estuda imagens enquanto linguagem, enquanto a iconologia as estuda como elemento simbólico

 Método estruturalista
Este método visa o estudo do sinal.
Os significantes e a comunicação.
A duplicidade da informação seja ela estética ou não.

Método que apela para o estudo do sinal – os significantes e a comunicação. O estudo do sinal (semiologia) parece ter tendência para subtrair o estudo da arte às metodologias históricas, instituindo-o como ciência absoluta, substituindo a versatilidade das interpretações pela decifração rigorosa dos sinais, mediante a determinação dos códigos. A duplicidade da informação – estética e não estética. A arte é comunicação e, portanto, está ligada à linguagem. A arte é expressiva e por si só uma linguagem, é um organismo que vive por conta própria, exprime a personalidade de seu autor. Revela um sentido das coisas, ensina uma nova maneira de olhar e ver a realidade

Fonte: ARGAN, Guilio Carlo; FAGIOLO, Maurizio, Guia de História da arte, Editorial Estampa, 2ª Edição, 1994,

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